Evento reuniu mais de 350 participantes de 16 comunidades do Sul Global em São Paulo e destacou o papel de jovens, empresas e governos na construção de futuros mais equitativos
O GOYN Global Convening 2025 chegou ao fim após três dias, com encerramento na última quarta-feira (8),de intensos debates, trocas culturais e articulações globais sobre o futuro do trabalho e a inclusão produtiva das juventudes. O encontro, realizado no Centro Cultural Olido, reuniu mais de 350 pessoas, sendo 130 participantes de 16 comunidades do Sul Global, entre jovens líderes, representantes de governos, empresas e organizações sociais, com o tema “Conexões que transformam as juventudes: o poder de uma comunidade global.”
O primeiro dia marcou a abertura oficial do evento com apresentações culturais e o fortalecimento do protagonismo jovem. Para Jamie McAuliffe, fundador e diretor do Global Opportunity Youth Network, do Instituto Aspen, o GOYN representa uma nova forma de agir frente aos desafios estruturais enfrentados pelas juventudes.
“A inclusão produtiva de jovens é mais do que criar oportunidades de emprego, é reconhecer o poder transformador da juventude. Hoje, mais de 800 mil jovens já foram conectados a oportunidades econômicas em todo o mundo, e isso só é possível quando o trabalho nasce do território e das vozes que o constroem”, afirmou McAuliffe.
Os debates do primeiro dia abordaram temas como educação e trabalho, tecnologias emergentes e IA, empregos verdes, injustiças estruturais e saúde mental, e reforçaram a importância de políticas públicas e ações intersetoriais que conectem oportunidades reais aos territórios.
No segundo dia, as juventudes e organizações sociais que receberam as visitas das delegações — como o Projeto Amigos da Comunidade (PAC), Espro, IOS, SENAI e a Escola Estadual Padre Antão — voltaram ao Centro Cultural Olido para discutir como transformar experiências territoriais em políticas globais.
Um dos destaques também foi a divulgação da Avaliação de Impacto do Juventudes Potentes, realizada com 600 jovens de 16 a 29 anos. O estudo mostrou aumento de 72% na renda média mensal (de R$ 912,06 para R$ 1.567,26), redução de 74% para 39% no número de jovens fora do mercado de trabalho, e revelou que 74% dos jovens empregados atuam com carteira assinada.
Também foi lançado o estudo Empresas Potentes, que demonstrou que companhias que integram inclusão produtiva às suas estratégias obtêm melhores resultados em engajamento e retenção. As conversas do dia reforçaram o papel das empresas, governos e organizações sociais como corresponsáveis por modelos de inclusão que promovam autonomia, riqueza e poder para as juventudes.
O terceiro dia marcou o encerramento do GOYN Global Convening 2025 consolidando o diálogo entre juventudes, empresas e governos, por meio de exemplos práticos de atuação sistêmica.
No painel Empresas Transformadoras, líderes como Marcos Panassol (PwC) e Vivianne Naigeborin (Fundação Arymax) defenderam uma atuação corporativa intencional e transformadora, conectando o setor privado à geração de oportunidades e à promoção da autonomia jovem.
O debate “Governos que Ativam Futuros” contou com Ronald Sorriso, Secretário Nacional de Juventude, que destacou a importância de políticas públicas intersetoriais, “Levamos políticas para os territórios com a criação de campos de institutos federais nas periferias e favelas. É preciso desenvolver novas dinâmicas de trabalho que priorizem as juventudes e garantam bem-estar, lazer e cultura.”
Encerrando o encontro, Gabriella Bighetti enfatizou que os três dias mostraram, na prática, como a atuação sistêmica, com base em dados e com as juventudes incluídas na tomada de decisão, pode contribuir com soluções inovadoras. Saímos com a certeza de que há possibilidades reais para trabalharmos a inclusão produtiva como uma estratégia de desenvolvimento socioeconômico no mundo todo.”
O evento terminou com apresentações culturais, incluindo um desfile de moda sustentável e a escola de samba Mocidade Alegre, celebrando a força e diversidade das juventudes do Sul Global.
Sobre Juventudes Potentes
Integramos o Global Opportunity Youth Network (GOYN), liderado mundialmente pelo Instituto Aspen (EUA), movimento que atua com base na metodologia Impacto Coletivo, contando com a cooperação de jovens, empresas, governos e organizações da sociedade civil, a fim de criar oportunidades de desenvolvimento para pessoas e suas comunidades. Estamos em São Paulo, desde 2020, formando uma rede com mais de 80 instituições que assumiram o compromisso de incluir produtivamente 100 mil jovens-potência até 2030. Essa rede foi articulada e é mantida pela United Way Brasil (UWB), que acolheu o Juventudes Potentes como parte de sua estratégia institucional para apoiar a transformação da realidade das juventudes brasileiras.
Para mais informações acesse o site (clique aqui)